Museus contam histórias e compartilham coisas interessantes. À medida que as exposições em museus interativos ganham mais popularidade, a maneira como esses espaços se relacionam com o público está mudando. Isso faz muita diferença na maneira como as histórias são contadas e compartilhadas com as pessoas.
Neste artigo, vamos explicar o que são as narrativas interativas e como elas estão revolucionando os museus!
O que são exposições interativas?
Os museus estão acompanhando as mudanças rápidas na ciência e na tecnologia, não sendo mais apenas lugares para ver coisas antigas. Eles usam tecnologias modernas em suas exposições e comunicações para manter as pessoas informadas.
As exposições interativas, que incorporam elementos de interatividade para envolver o público de maneira mais ativa na experiência, se tornam comuns nesse cenário.
Isso quer dizer que, em vez de simplesmente apresentar informações estáticas ou artefatos, elas permitem que os visitantes participem ativamente, explorando, tocando, tomando decisões e interagindo com o conteúdo apresentado. Hoje em dia, vemos a web, aplicativos e redes sociais sendo usados nesse meio.
E, também, hologramas.
Eles nada mais são do que representações tridimensionais de objetos ou figuras que parecem estar presentes no espaço real. Mas, na verdade, são projeções de luz.
O uso dessa técnica veio simplesmente para revolucionar a forma como os indivíduos interagem com as obras expostas em museus e demais espaços culturais. Com ela, as pessoas têm a chance de vivenciar os fatos, muito mais do que apenas receber informações.
Hologramas em museus: como funcionam?
A tecnologia de realidade mista (RM), que combina realidade virtual e aumentada, usa sensores para rastrear os movimentos do usuário. Os dispositivos de RM também possuem câmeras que removem sinais do ambiente, facilitando a sobreposição de elementos virtuais no mundo real.
As imagens são geradas projetando gráficos 3D em displays de vidro, criando assim os hologramas. Eles podem reproduzir imagens, sons e movimentos em diversos cenários.
Os museus estão aproveitando essa tecnologia para criar novas formas de contar histórias e oferecer guias turísticos virtuais através de monitores digitais imersivos, substituindo os tradicionais expositores de vidro.
Existem museus que atuam com essa técnica e fazem muito sucesso ao redor do mundo, oferecendo aos seus visitantes uma experiência única! Descubra alguns deles a seguir.
Museu Nacional do Holocausto – Reino Unido
O Holocausto foi um dos maiores desastres da história, promovido pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, vitimizando mais de 6 milhões de pessoas. Por esse motivo, é crucial preservar sua memória para as próximas gerações.
Mas como vamos fazer isso quando os poucos sobreviventes do Holocausto não puderem mais contar suas histórias?
O projeto ‘The Forever Project’ surgiu com o objetivo de resolver esse problema. Trata-se de uma ideia que utiliza a tecnologia para transformar as pessoas em hologramas interativos, funcionando da seguinte forma: através da voz, o visitante pode fazer perguntas aos sobreviventes sobre o que rolou na Segunda Guerra Mundial e eles respondem.
Isso significa que, mesmo quando os sobreviventes do Holocausto não puderem mais falar, a história continuará viva graças aos hologramas, que mostram a imagem e a voz de cada pessoa envolvida no projeto.
National Geographic Museum – Estados Unidos
O National Geographic criou uma exposição multimídia chamada “Becoming Jane” para celebrar o legado da renomada cientista Dra. Jane Goodall. Ela se tornou famosa por sua pesquisa pioneira, na qual viajou para a Tanzânia para estudar chimpanzés em seu ambiente natural. Seu trabalho teve um impacto significativo na ciência e no bem-estar dos animais.
Nessa exposição envolvente, os visitantes são levados a uma jornada imersiva que os transporta para o campo com a Dra. Jane. O museu oferece uma experiência única, que inclui:
Uma projeção holográfica da Dra. Jane, que compartilha suas memórias de quando estava em Gombe e Tanzânia, revivendo seus pensamentos, sentimentos, impressões e lições enquanto convivia com os chimpanzés.
Uma expedição virtual em 3D ao Parque Nacional Gombe Stream.
Telas múltiplas que apresentam o trabalho da Dra. Goodall, permitindo aos visitantes interagir virtualmente com chimpanzés.
Atividades interativas de realidade aumentada (AR), incluindo uma que desafia os visitantes a combinar o som de um chimpanzé.
A exposição proporciona uma experiência única e cativante, permitindo que as pessoas se conectem de maneira mais profunda com o trabalho e o legado da Dra. Jane Goodall.
Museu Egípcio do Cairo
No Museu Egípcio, um projeto inovador fez uso da tecnologia de hologramas para criar representações visuais do rei Tutankhamon e de sua consorte, a rainha Ankhesenamon.
Essas projeções digitais podem ser comparadas com guias virtuais, levando os visitantes em uma jornada interativa pelo museu. Durante a visita, o rei e a rainha compartilham informações sobre suas vidas e mostram como utilizavam algumas das 120 mil ferramentas e artefatos em exposição.
Para aqueles que consideram que visitar museus pode ser uma experiência tediosa, é hora de repensar essa ideia. Muitas instituições estão adotando recursos tecnológicos para tornar a visita mais envolvente e participativa.
Iniciativas como essa têm o potencial de aproximar os visitantes das riquezas do acervo museológico cada vez mais. Tudo para enriquecer a experiência turística para as próximas gerações.
Experiências Imersivas Guiadas pela Pixel Sav
Nossa empresa, dedicada a aprimorar as experiências em espaços culturais, tem um histórico de contribuições notáveis neste cenário! Tivemos o privilégio de colaborar com museus inspiradores ao redor do Brasil, desempenhando um papel fundamental na revolução da maneira como as histórias são transmitidas ao público.
Museu Planeta Água
Criamos um Raio-X para o Museu Planeta Água, localizado em Curitiba, PR. A tela deslizante interativa dá vida por onde passa. Como uma espécie de radar, ao deslizar a tela, localizar e clicar em qualquer animal, o visitante desbloqueia um mundo de informações fascinantes sobre eles. Desde fatos interessantes até curiosidades surpreendentes.
Museu da Gente Sergipiana
Na cidade de Aracaju, SE, a Pixel Sav também realizou um projeto no Museu da Gente Sergipana, o primeiro espaço multimídia do Nordeste. Na ocasião, eram comemorados os 150 anos das artes plásticas de Sergipe, e as pessoas tiveram a oportunidade de visualizar diversos materiais em 360º em um Domo Geodésico de 8m de altura e 15m de diâmetro.
Exposições imersivas no Brasil
O Brasil também já experienciou as exposições interativas e imersivas — e a tendência é que isso se torne cada vez mais comum.
Em 2022, inclusive, milhares de brasileiros tiveram a chance de mergulhar em obras do artista holandês Van Gogh, do artista brasileiro Portinari e do biólogo britânico Charles Darwin.
Beyond Van Gogh
Após rodar cerca de 25 países e atrair mais de 20 milhões de espectadores mundo afora, a mostra “Beyond Van Gogh” aterrissou no Brasil. Os visitantes tiveram a oportunidade de vivenciar 300 obras do pintor pós-impressionista holandês, contando com 30 projetores em uma configuração total de cerca de 332 mil lumens que transformaram os espaços em grandes telas móveis.
Portinari para Todos
om o uso de projeções e diversas ferramentas audiovisuais, mais de 150 obras do renomado artista brasileiro são apresentadas em todos os cantos da área de exposição. Entre essas obras, destacam-se algumas das mais icônicas, como “Lavrador de Café” (1934) e “Guerra e Paz” (1952-1956). A mostra foi concebida como a maior já realizada em homenagem a Portinari, coincidindo com o aniversário de 60 anos de seu falecimento.
Darwin, o Original
Diretamente da França, a exposição “Darwin, o original” foi uma jornada multidisciplinar e interativa em que os visitantes acompanharam as descobertas do trabalho do naturalista britânico. Contando com filmes de curta duração, dispositivos multimídia, jogos, maquete, linha do tempo, teatros animados e a desconstrução de falsas interpretações das ideias de Darwin, a exposição se mostrou uma grande viagem imersiva e interativa.
Conclusão
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